quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Resenha: Sombra e Ossos de Leigh Bardugo



Pra começo de conversa, devo parabenizar o pessoal da editora Gutenberg que fez um ótimo trabalho na diagramação linda do livro. Logo nas primeiras páginas somos brindados com um mapa de Ravka e seus países vizinhos, que é onde a história se passa; não que isso seja novidade, muitos livros tem mapas incluindo Senhor dos Anéis e As Crônicas de Gelo e Fogo, mas é sempre bom poder visualizar o lugar que estamos imaginando. 


Sinopse: 
Alina Starkov nunca esperou muito da vida. Órfã de guerra, ela tem uma única certeza: o apoio de seu melhor amigo, Maly, e sua inconveniente paixão por ele. Cartógrafa de seu regimento militar, em uma das expedições que precisa fazer à Dobra das Sombras – uma faixa anômala de escuridão repleta dos temíveis predadores volcras –, Alina vê Maly ser atacado pelos monstros e ficar brutalmente ferido. Seu instinto a leva a protegê-lo, quando inesperadamente ela vê revelado um poder latente que nunca suspeitou ter.
A partir disso, é arrancada de seu mundo conhecido e levada da corte real para ser treinada como um dos Grishas, a elite mágica liderada pelo misterioso Darkling. Com o extraordinário poder de Alina em seu arsenal, ele acredita que poderá finalmente destruir a Dobra das Sombras.

Agora, ela terá de dominar e aprimorar seu dom especial e de algum modo adaptar-se à sua nova vida sem Maly. Mas nesse extravagante mundo nada é o que parece. As sombrias ameaças ao reino crescem cada vez mais, assim como a atração de Alina pelo Darkling, e ela acabará descobrindo um segredo que poderá dividir seu coração – e seu mundo – em dois. E isso pode determinar sua ruína ou seu triunfo.

Sombra e Ossos é um livro raro. Não só porque são poucos os livros que misturam a antiga Rússia czarista com magia, mas porque nada é o que parece. Olhando por cima a história é como muitas outras: garota que parece fraca descobre seus poderes, tem uma queda por seu melhor amigo que a ignora totalmente até aparecer um outro garoto, surgindo um triângulo amoroso quase que obrigatório em séries como essas. 

Mesmo com a história um pouco batida, ainda consegue te surpreender e têm momentos lindos e emociantes. Alina é tão sozinha e Maly parece tão insensível e o Darkling tão irresistível... 

O lado negativo? Demora um pouco para você pegar o ritmo do mundo que Leigh Bardugo criou. Mas isso é comum em livros de literatura fantástica, então... não é um problema sério. Alina é uma personagem forte, apesar de dar nos nervos em algumas partes. 

"Botkin me disse que o aço Grisha é conquistado. Não é que eu não me sinta grata por tudo isso. Eu me sinto, de verdade. Mas não sinto que conquistei nada disso."

Ela se vê de repente capaz de ser mais, viver mais e isso a apavora porque acha que é uma farsa. No decorrer do livro somos apresentados a um mundo luxuoso muito diferente do qual tivemos vislumbres no começo, onde o poder é o que importa e que qualquer um pode passar por cima de você em um piscar de olhos.

"Não há nada de errado em ser uma cartógrafa."
"É claro que não. E também não há nada de errado em ser um lagarto. A menos que você tenha nascido para ser um dragão."

E em tudo isso ela descobre seu próprio poder. Seu próprio papel no mundo em que pertence. E quando isso acontece... é lindo. E breve. Alina fica dividida (e você também, meu caro leitor) e suas dúvidas voltam com força total, poderia ser uma parte chata, mas a autora soube guiar com maestria. 

Agora, é esperar pelo próximo livro, Siege and Storm. 


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